sexta-feira, 22 de maio de 2009

A última crise dos meus vinte e dois anos.

Quanto mais o tempo passa, mais você percebe que as certezas que você tinha são efêmeras, voláteis e, principalmente, frágeis.
Eu sei que isso pode soar como uma crise de inferno astral pré-aniversário, mas como sempre disse: esse espaço é meu exercício de ego e lirismo. E essas duas linhas vivem se confundindo nas minhas palavras.
Com o passar dos anos, fui observando que a idade te bota em xeque várias coisas. A beleza, que você acha que está se esvaindo no tempo, jamais conseguindo alcançar o auge de volta. As amizades, que você entende que a maioria não passava de pessoas com interesses convergentes ao teu naquele momento. A frivolidade de ser despreocupada, que você vê diminuindo a cada segundo, somada à crescente responsabilidade e medo de não suceder. São certezas que lhe são roubadas e, toda vez que isso acontece, te guinam pra um novo rumo no caminho.
Agora, à beira da minha próxima primavera, percebo que mais uma certeza me está sendo roubada: a de mim mesma.
Antes, tinha certeza de todos os meus atos. Jamais me arrependia, nem que isso custasse meu mais valioso bem. Hoje ainda não me arrependo, mas, ao olhar pra trás, me questiono quanto às minhas decisões. Se era realmente aquilo que deveria ter feito naquele momento. Deveria ter dado espaço pra aquele relacionamento? Seguido meus instintos básicos e ter pensado apenas na satisfação momentânea? Acreditado naquela palavra de confiança?
Afinal, todas essas escolhas me trouxeram até aqui e onde estou é um lugar que não me dá certeza das minhas convicções.
Espero que quarta que vem a vida tome novo rumo e surpresas agradáveis encontrem meu caminho.

Um comentário:

Ju Campoy disse...

Eu também espero que sua vida tome novo rumo e surpresas agradáveis encontrem seu caminho. E que você seja ainda mais feliz e realizada. Realmente algumas amizades (comuns entre nós) passaram. Mas espero que a nossa dure por muito mais tempo.

I love you, sunshine!