segunda-feira, 5 de abril de 2010

A cruel sede de amar.

Pois foi agora, agora mesmo que comecei a ler um novo livro. Não vou lhes contar qual é, mas por mil razões ele é muito especial pra mim. Sinto quase como se este fosse o primeiro livro de toda minha vida.
Terminadas as primeiras páginas da primeira crônica, decidi algo muito importante. Algo que muito provavelmente vai mudar a forma como penso sobre a leitura: decidi que quero saborear este livro devagarzinho – ao contrário dos outros que antes vieram, os quais nunca duraram mais de uma semana inacabados. Simplesmente porque sei que depois dele nada será igual. A verdade é que sempre soube disso e, talvez por isso, venho adiando sua leitura tanto quanto consigo – com medo do que essa mudança pode causar em mim.
Pois este não é o tipo de livro que se lê como quando lemos um livro para um exame. Não há pressa, não há necessidade imediata. Há apenas uma imensa sede de cumplicidade literária. Sinto que deveria tratá-lo, então, como se fosse um novo e extasiante amor que me apresenta sem pressa suas nuances, surpreendendo um pouquinho a cada dia.