terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Romantismo lírico agudo.

Toda vez que me pego lendo textos antigos (ou nem tanto assim), alguns dos quais nunca publiquei nesse ou em qualquer outro espaço cibernético, acabo me deparando com uma inegável verdade: sofro de romantismo lírico agudo.
Penso que quem lê meu blog e não me conhece pessoalmente deve imaginar que vivo por aí carregando fardos e fardos de lenços de papel, pra conter a quantidade de lágrimas que caem do meu rosto diariamente.
Mas olha, não é assim, não. A verdade é que a Mayra da vida real, aquela que tem uma vida social fora da blogosfera – afinal, sou bem mais contida nas demais redes sociais – é uma eterna apaixonada. Daquelas que se apaixona diversas vezes ao dias, pelo mesmo cara ou, às vezes, por caras diferentes.
E é paixão no sentido puro da palavra, porque é sentimento rápido e volátil, que pode desaparecer na instantaneidade de um piscar de olhos.  O que não quer dizer que seja menos intensa – que o diga meu coração, que bate desenfreado no meu peito quando estas tais paixões acontecem.
No entanto, o problema com essas paixões é que, se perseguidas na vida real, normalmente morrem como amores platônicos, cheios de sentimentos mal resolvidos e intenções cruzadas. Daí entra a Mayra virtual, que me deixa viver a fundo cada uma delas, mesmo que por apenas alguns parágrafos, dando a liberdade que preciso pra poder contar como seria o desfecho daquele sentimento na minha imaginação.

É claro que, por vez ou outra, esses episódios arrebatadores aos quais chamamos de paixões acabam se tornando coisas palpáveis e reais, que evoluem e se tornam grandes amores também na prática – daqueles que machucam tanto quanto alegram – mas isso é conversa pra outra hora...