sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

sábado, 15 de setembro de 2012

Sobre o aprendizado


A gente acha que sabe de tudo. Que já tem todas as questões resolvidas pro resto da vida, porque somos pretensiosos assim mesmo. Acha que sabe como agir diante de todos os eventos, inclusive aqueles que irão mudar nossas vidas. Acha que o amor é apenas um jogo ou uma invenção romântica e que, pra qualquer dúvida ou problema no meio do caminho, já temos a resposta no nosso manual.
Mas acontece que nenhum de nós sabe de nada. E, com aquele medo insano que temos de nos machucar (sim, somos pretensiosos e inseguros), acabamos por agir conforme as pessoas dizem que se deve agir nesses assuntos do coração – levando tudo com cautela e uma certa frieza, pra não correr o risco de se apegar demais.  Só que as coisas não funcionam assim.
Quando algo fabuloso como o amor acontece em nossas vidas, ficamos inundados de uma felicidade tão grande que mal conseguimos nos conter. E pra conter, afinal de contas? Pois, ainda que conseguíssemos tal feito, qual seria o propósito de guardar tanta alegria? Afinal, você não vai ficar mais feliz reservando essa alegria apenas para ocasiões especiais – como um jantar romântico ou um aniversário de namoro. Também não vai ficar mais feliz escondendo isso do mundo. É possível, inclusive, que fique mais triste. Porque o outro, sem saber do seu amor, pode também ficar com medo de expor o dele – e aí ficam dois inseguros sozinhos, com medo de se relacionar.
E o que eu quero dizer com tudo isso? Que não precisamos ter medo. Que vamos passar, sim, por diversas desilusões em nossas vidas – a maioria delas por idealizarmos as pessoas como gostaríamos que elas fossem ao invés de aceitá-las como elas realmente são; vamos sofrer, chorar, achar que o amor é apenas uma criação de algum poeta romântico como Mario Quintana.  Mas olha, vindo de quem já passou por tudo isso: não é não. O amor é lindo mesmo, assim como nas poesias, e a gente tem mais é que buscar isso com todas as nossas forças, sem nunca desacreditar. Pois quando você acha aquela única e maravilhosa pessoa que te tira todas as inseguranças e medos, que te compreende sem julgar, que faz sorrir e sentir vontade de proclamar o amor, que faz você perceber que nunca esteve errado(a) em buscar com tanto afinco este sentimento que é quase mítico nos dias de hoje...Ah, daí sim que a gente aprende a viver!

terça-feira, 29 de maio de 2012

A grande aventura.

A gente só queria era viver uma grande aventura. Queria amar, amar de verdade, como amam os justos e os sonhadores. E o nascer e o pôr do sol só existiriam pra dar vida a essa grande loucura.
O que a gente não sabia - e o que muitos de nós não sabemos até hoje - é que a grande aventura não era ter aquele amor cinematográfico, em as pessoas se beijam no meio da rua sem nenhum pudor. A grande aventura era aguardar, era perdurar e, acima de tudo, saber perdoar. As falhas dos outros e as nossas também - porque, na vida real, ninguém é perfeito.
O grande lance era achar aquela pessoa que te derretesse com um simples olhar, te intrigasse e te quisesse fazer esperar - mesmo que a espera fosse longa e, às vezes, cruel.

domingo, 20 de maio de 2012

Desapego positivo.

Desapegue. Mas não nesse sentido ruim que todo mundo costuma fazer. Desapego não é chutar o balde, não é planejar a nova vingança do pipoqueiro. Desapego é deixar o destino assumir o leme.
Pare de tentar colaborar com o destino, ele não precisa de ajuda. Nunca precisou, mas a gente insiste em achar que se der uma mãozinha as coisas vão ser melhores. Grande ilusão.
Desapegue das idéias pré-concebidas de amor, sucesso, inteligência. Pois, às vezes, até quem se encaixa perfeitamente nos nossos padrões poder nos surpreender negativamente. E se isso acontece, nos vemos tentados a reavaliar todos os nossos paradigmas. Porém, o problema não é esse. Nossos paradigmas não estão errados, o que está errado é nosso apego irrestrito a eles.
Fato é: as pessoas vão te desapontar, as situações nem sempre vão ocorrer como gostaríamos, a vida sempre vai ter problemas de percurso. Mas ao desapegarmos dessa idéia de vida perfeita, sem percalços, não sofremos tanto o baque dos pedregulhos, pedras ou até rochas no caminho.
Desapegue da vontade de controlar seu futuro, tente apenas manter seu norte.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Poesia de criança.

Assim como as horas vem e vão
O tempo às vezes parece parar
E eu sei que não sôo muito são
Mas nessas horas sinto como se estivesse a flutuar

Parado, olhando tudo acontecer
As pessoas, a vida, o destino
É como se finalmente eu pudesse saber
Que pra tudo na vida há arrimo

Pro teu coração partido
Pra despedida antecipada
Afinal, em tudo isso há sentido
Se a causa for observada

Sendo assim, não fique triste
Pois as coisas vêm e vão
E o que hoje existe
Pode ser que amanhã não

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sobre a esperança.

Esperar que as coisas sejam diferentes, mesmo quando todos os indícios apontam para o mesmo destino.

Esperança é a única coisa que permite que convivamos com a mediocridade da vida sem nos desesperar por completo.

Uma hora a gente acerta. Espero.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Reckless.

Sabe aquele tipo de estupidez que você precisa levar a cabo pra ter certeza que era realmente tão estúpido quanto soava na sua cabeça?
Pois é.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ignorance is bliss

Existe muita coisa que eu gostaria de esquecer, apagar, aniquilar da minha memória. Pra poder seguir normalmente sem guardar mágoa de ninguém, sem olhar na cara de certas pessoas e pensar: “meu deus, como eu te desprezo”. Mas não dá. Esquecer não é uma opção, então a gente segue ignorando certas coisas pra conseguir conviver em paz.
Na verdade, pra conviver em paz, a gente tem que ignorar quase tudo. A vida é um grande exercício de tolerância, isso sim.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Romantismo lírico agudo.

Toda vez que me pego lendo textos antigos (ou nem tanto assim), alguns dos quais nunca publiquei nesse ou em qualquer outro espaço cibernético, acabo me deparando com uma inegável verdade: sofro de romantismo lírico agudo.
Penso que quem lê meu blog e não me conhece pessoalmente deve imaginar que vivo por aí carregando fardos e fardos de lenços de papel, pra conter a quantidade de lágrimas que caem do meu rosto diariamente.
Mas olha, não é assim, não. A verdade é que a Mayra da vida real, aquela que tem uma vida social fora da blogosfera – afinal, sou bem mais contida nas demais redes sociais – é uma eterna apaixonada. Daquelas que se apaixona diversas vezes ao dias, pelo mesmo cara ou, às vezes, por caras diferentes.
E é paixão no sentido puro da palavra, porque é sentimento rápido e volátil, que pode desaparecer na instantaneidade de um piscar de olhos.  O que não quer dizer que seja menos intensa – que o diga meu coração, que bate desenfreado no meu peito quando estas tais paixões acontecem.
No entanto, o problema com essas paixões é que, se perseguidas na vida real, normalmente morrem como amores platônicos, cheios de sentimentos mal resolvidos e intenções cruzadas. Daí entra a Mayra virtual, que me deixa viver a fundo cada uma delas, mesmo que por apenas alguns parágrafos, dando a liberdade que preciso pra poder contar como seria o desfecho daquele sentimento na minha imaginação.

É claro que, por vez ou outra, esses episódios arrebatadores aos quais chamamos de paixões acabam se tornando coisas palpáveis e reais, que evoluem e se tornam grandes amores também na prática – daqueles que machucam tanto quanto alegram – mas isso é conversa pra outra hora...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Aos Srs. Credores do Banco Cósmico

Chega o ano novo e, junto com novas roupas e cortes de cabelo, chega também uma impaciência pra querer resoluções mais acertadas que as do ano anterior. E já tem uns anos que venho prometendo a mim mesma fazer o bem no ano seguinte, pois eu, que sempre acreditei nessa história de carma, esperando que isso realmente funcionasse e todo o bem que tinha feito voltasse pra mim, achava que esse era um exemplo de resolução acertada.
Porém, ultimamente, ando meio duvidosa da eficácia dessa coisa. Pois, até agora o carma só me tem feito esperar pelo momento em que estas boas ações que realizei retornem de alguma forma para mim.
Desta forma, se esse tal de carma realmente existe, só posso imaginar que essa maré de não retribuição seja por conta de alguma dívida que ainda não consegui quitar junto ao banco cósmico. Ou então que se trate de algum tipo de investimento a longo prazo, daqueles em que o retorno só começa a aparecer cinqüenta anos depois – quando, além de você não se lembrar que tinha o dinheiro, também não precisa mais dele.
E como essa situação de ficar com saldo devedor na minha conta cósmica todo mês está ficando cansativa, decidi me rebelar.  Pois acredito que estou pagando, e com juros, todo o mal que possa ter feito nessa vida. 
Por isso, gostaria de informar aos senhores credores do banco cósmico desde já que esta carta pode ser considerada meu protesto à dívida de carma que possuo junto a esta instituição. Assim, a partir de agora, cessarei o pagamento de toda e qualquer quantia ao banco cósmico, inclusive aquelas referentes à simples movimentação da minha conta.
Pra me ajudar ele nunca está aí, mas aposto que depois de ler esse protesto ele vem me pegar.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Espertos são os outros.

As redes sociais são o puro reflexo da ansiedade. Twitter, Facebook e, às vezes, até os blogs viram ferramenta da nossa necessidade de externar tudo, de imediato, ao mesmo tempo. Porque às vezes nos falha ou é simplesmente ausente o sistema de filtragem e, quando vemos, já vomitamos tudo sem analisar nada, sem dar tempo pra nada. A verdade é que fazemos isso o tempo todo, dando às redes sociais vida longa e próspera.  

Mas, veja bem, não estou dizendo que isso é culpa das redes sociais. Espertas foram elas de perceber a nossa fragilidade e nos dar um meio de colocá-la no mundo. Bombardeamos todos à nossa volta com milhares de sentimentos por dia, mares de opiniões colidindo a cada segundo. E não paramos muito tempo pra pensar antes de fazer isso – apenas deixamos vazar indiscriminadamente.

Levou um tempo e certa atenção até perceber isso, mas hoje evito falar tudo o que guardo aqui. E não foi por achar que não devemos falar – acho que a expressão nos faz mais atentos a quem somos, falei disso ontem. Mas foi por perceber que, colocando tudo tão rápido pra fora, às vezes esqueço-me de dar o tempo necessário pra processar aquilo que estou sentindo. Não é à toa que vivem dizendo que o tempo é o melhor remédio (por mais que a gente nunca acredite, eles são chamados de ditados populares por uma razão óbvia: todo mundo sabe).

E aí, quando penso nessa dualidade entre sentimento e racionalidade, sempre me vem à cabeça uma situação que acho que todo mundo já viu ou viveu na vida: a do melhor amigo instantâneo. Sabe aquela pessoa que, mal lhe conhece, já conta todos os detalhes da sua vida pra você? Enquanto você mal conseguiu dizer seu nome completo, ela já disse quais a viagens que fez, como é o sexo com o namorado, qual a falha da melhor amiga... Enfim, ela te dá tudo enquanto você ainda não deu nada, quando ainda está tateando o campo da amizade, avaliando se vale à pena agregar essa pessoa no seu círculo. Desnecessário dizer que, por vezes, isso gera um desconforto enorme. Porque, convenhamos, nem sempre queremos saber tudo o que o outro tem a dizer assim, de uma vez, tão rápido. Too much information, diriam os americanos.

Com as redes sociais, a situação é a mesma. Não é só porque o Twitter e o Facebook estão ali te dando corda que eles são seus melhores amigos. Claro, vocês podem vir a compartilhar uma grande amizade, mas isso nunca aconteceu do na instantaneidade de um segundo, não é mesmo?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Meu sereno monstro.

As palavras – sejam elas escritas ou faladas – são o meu canal de comunicação com o universo. E, geminiana como sou, não posso viver num mundo onde elas sirvam apenas para expressar necessidades frívolas, como “me passe o pão” e “acho que hoje chove”. Sem estas preciosas palavras, eu jamais conseguiria expressar tudo que guardo aqui dentro. Seria perigoso até explodir com tanta coisa guardada!
E assim, para quem escreve, raramente escreve-se para o mundo, mas para si mesmo. Para se libertar de seus fantasmas, para amar com mais intensidade. E nesse mundo inventado pelas palavras, você não tem rosto – apenas opinião. Você não fala, se liberta. E é entrando em contanto com os nossos sentimentos mais íntimos que acabamos por nos conhecer – e também nos aceitar.
Não se trata de um relato, mas de uma experiência catártica que mais se assemelha a uma terapia silenciosa. E ali naquelas palavras, quase como mágica, às vezes muito tempo depois, você consegue reviver o mesmo sentimento que elas continham quando escritas.
E se aqui busco dividir meus pensamentos, não é por achar que sou digna de atenção. É por acreditar na premissa de qualquer um pode (e deve) se expressar. Seja uma expressão linda ou deficiente, quem se expressa tenta se conhecer. E quem consegue se olhar no espelho e entender mais do que apenas a cor de seus olhos, certamente é uma pessoa mais serena.
Pois, assim como quando lemos algo escrito por outro alguém que desperta um sentimento profundo em nós mesmos, ler as próprias palavras pode ser revelador. Só que há de se fazer tudo isso sob uma advertência: coragem. Pra aceitar não só o monstro que vive dentro de você – mas, também, aquele que vive dentro dos outros.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Desejando calma.

Já fazia meses que o sentimento estava ali, incomodando.
E como paixão incomoda quando não sabemos que destino dar a ela – Vitória passava horas pensando no que fazer. Desejava que ele fosse um porco, só para poder odiá-lo. Vislumbrava a possibilidade de soltar um ‘te amo’ casual na conversa, de brincadeira, pra avaliar o terreno.
Desconfiava até que o cara sabia disso, de sua paixão. Na verdade, tinha certeza. Mas como o fato dele saber veladamente não era a mesma coisa que escancarar isso na sua frente, ela seguia escolhendo cautelosamente o silêncio.
Porque o que ela queria mesmo era um destino. Um lugar pra enfiar sua paixão, tão escondido que pudesse até esquecer que a tinha deixado lá. Pois o grande problema, segundo Vitória, era que qualquer saída seria irresoluta. Porque ainda que falar o que sentia pudesse ser uma boa opção, nenhuma atitude teria resultado imediato – e a espera certamente a enlouqueceria.
E numa tentativa de driblar o tempo – seriam meses até o próximo encontro – Vitória pedia que aquela paixão incômoda fosse embora. Pedia baixinho e quase com medo de querer muito forte afinal, ainda que fosse a opção mais simples, estar apaixonada por aquele cara a fazia feliz. Mesmo que não gostasse de admitir isso, o que ela desejava mesmo era calma pra poder esperar sua paixão.

sábado, 17 de julho de 2010

Vendetta.

Podes nunca perceber mas, aqui dentro, já me vinguei inúmeras vezes de ti.
Foi o único jeito que encontrei para continuar te amando.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sobre o amor.

Ainda gostava de acreditar no amor – e em tudo que o acompanhava. E se isso significasse colocar a cara à tapa novamente, ela o faria com prazer.


Antes uma experiência vivida do que uma realidade imaginada.