segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mudança de ventos.

Certa vez eu li que quando a gente viaja, temos a oportunidade de viver uma realidade diferente, experimentar outras personalidades, roupas e humores - quase uma realidade inventada - sempre tendo a segurança de podemos voltar pra casa.
Foi uma das coisas mais marcantes que já li. Não pela profundidade ou algo que o valha, mas porque eu consegui me relacionar perfeitamente com este sentimento.
Às vezes, pra se viajar não precisamos nem sair da onde estamos. Precisamos, simplesmente, ter a coragem de viver um outro mundo por um segundo. Respirar um ar diferente, sair completamente da rotina.
Normalmente, quando me encontro nas encruzilhadas da vida, tenho vontade de simplesmente largar tudo e viver um mundo novo. Conhecer pessoas, marcar vidas e poder simplemente "voar" quando a hora for conveniente.
Não seria maravilhoso poder fugir de tudo o que amedronta e voltar quando os ventos já tivessem mudado?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Momento lojinha.

Eu não sou muito fã de divulgar coisa alheia no meu blog mas, além da pessoa ser uma grande amiga minha, ela é talentosa e merece!
Essa é a coleção de acessórios da minha amiga Anna Paula Martinelli. Ela é designer de jóias e também desenha e confecciona roupas, além de trabalhar em uma das malharias que vendem tricots para todas as marcas hypadas do Brasil - como Animale, NK Store, Carmin, entre outras - a Lafort.
Tem colares para todos os gostos e o preço é super acessível (na faixa dos 40 a 55 reais), além de serem de ótima qualidade e terem o meu selo de aprovação - que sou fã da Anna desde os primórdios e possuo, em minha coleção de jóias, um design exclusivo que somente eu e a própria designer temos nesse mundo.
Pra quem não gosta de bichos e não curte muito preto, ela também está fazendo acessórios em acrílico branco e transparente, além de ter uma cartela de pingentes gigante, ou seja, não precisa ser igual o de todo mundo!
Quem tiver interesse é só deixar um comentário ou um reply pra mim no Twitter que eu mando o contato da moça pra vocês!
Aí vão as primeiras peças dessa coleção... eu adorei!







Não são tudo?!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A questão fundamental.

Ahhh, os homens... sempre culpados pelas nossas loucuras!
Perguntam pras pessoas se elas nos conhecem mas, quando obtém uma resposta positiva, dizem que somos apenas amigas. Deixam várias ligações perdidas no seu celular mas, quando você retorna, dizem que não era nada.
Como entender?
Se você chega com tudo, se assustam. Se você se faz de durona, dizem que você é arrogante. Mas como se faz para chegar mais ou menos com tudo, ou mais ou menos durona? Nós, mulheres, tentamos sempre pavimentar o caminho do relacionamento. Ou seja, tentamos sempre fazer as transições mais suaves e o caminho mais calmo.
Muitas vezes, no entanto, temos que adivinhar as coisas que eles querem afim de melhorar esta estrada. Ele não gosta de unhas vermelhas? Pintarei de branco. Ele gosta de vestidos? Usarei mais modelitos. Ele gosta de cabelos mais longos? Vamos deixá-los crescer.
Sério, algum deles, em algum momento da nossa existência, perguntou como NÓS gostamos das coisas? Não. Porque nós escolhemos viver ao som de Ivete Sangalo e cantar: "não precisa mudar, vou me adaptar ao seu jeito [...]".
Mas seria mesmo esta a forma correta de levar um relacionamento? E não digo somente por mim, mas vejo amigas, conhecidas e até desconhecidas presas nesse vórtex de submissão ao jeito deles. E os poucos casos em que vejo a mulher no comando da relação, supresa (!!!): elas não gostam deles porque eles porque os acusam de ser, por falta de melhor palavra, paus mandados.
De onde vejo, não é somente um problema específico de cada mulher ou relacionamento... é uma cultura arraigada, que remonta o reconhecimento das mulheres por direitos iguais - tanto humanos quanto políticos - e, além disso, o reconhecimento (emocional) das mulheres como merecedoras de amor, respeito, consideração e afeto.
Isto não só manchou as atitudes masculinas, como também nos fez acreditar que a submissão - até em níveis nem sempre perceptíveis como estes - é passível de aceitação. E daí vem o questionamento: será que a culpa é realmente deles? Ou seria nossa que hoje, depois de anos do reconhecimento dos direitos da mulher, continuamos a aceitar o papel submisso dentro do relacionamento, acatando decisões e achando que tudo isso é mais do que normal?
Há que se fazer esforços no sentido de não prolongar estas atitudes, nem que seja o simples ato de se olhar no espelho e pensar: eu mereço mais.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sobre a escrita.

Quando a gente escreve, um pedacinho do nosso mundo vaza no mundo do outro, pra fazer sorrir ou pra fazer chorar, colorir ou apagar, ou simplesmente vaza por vazar.

Sobre a lembrança.

A lembrança é aquela coisa que você quer guardar para sempre, hermeticamente selada, em uma redoma de vidro. É aquele momento bom que você fez questão de nunca esquecer e, para isso, precisou fazer esforços para que ele permanecesse intacto.

Suspender uma lembrança é coisa complicada. Porque lembrança, afinal, é o passado. É o passado que sempre queremos presente, que fazemos questão de lembrar durante todos os dias da nossa vida. Mas como passado que é, cessou na história por algum motivo – o qual nem sempre fazemos questão de incluir na tal lembrança, editando a história real e guardando apenas os bons momentos. Desta forma ficamos livres para alimentar aquela lembrança meio mentirosa, para que ela permaneça viva dentro de sua redoma.

Mas às vezes acontece da lembrança ser tão forte, mas tão forte, que ela consegue quebrar a sua redoma e escapar para o presente - o que sempre se mostra um problema. Ora, lembrança é apenas um pedaço. E o presente é o todo. Do presente, não se pode escolher o que queremos viver. É preciso tomar tudo de um gole só e sofrer se necessário. Já a lembrança vem em doses homeopáticas, escolhemos quando e como queremos tomá-la. Porém, quando ela vem assim, por inteiro, ela deixa de ser aquela memória lapidada e passa a ser a memória bruta, a verdade dos fatos que escolhemos omitir.

É difícil ter um pedaço de passado vazando no presente. Porque nem sempre queremos ele como todo. Mas se ele vaza, vaza por inteiro e para sempre, manchando as coisas diárias e deixando tudo com cheiro de naftalina. E ele estará ali justamente para fazer jus ao seu nome: lembrar.
A lembrança não sabe, mas ela só é boa porque ficou no passado.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dois pássaros na mão.

Sabe como é querer ter uma coisa e não conseguir abrir mão de outra, mesmo sabendo jamais poderá ter as duas ao mesmo tempo?

Indecisão.