A lembrança é aquela coisa que você quer guardar para sempre, hermeticamente selada, em uma redoma de vidro. É aquele momento bom que você fez questão de nunca esquecer e, para isso, precisou fazer esforços para que ele permanecesse intacto.
Suspender uma lembrança é coisa complicada. Porque lembrança, afinal, é o passado. É o passado que sempre queremos presente, que fazemos questão de lembrar durante todos os dias da nossa vida. Mas como passado que é, cessou na história por algum motivo – o qual nem sempre fazemos questão de incluir na tal lembrança, editando a história real e guardando apenas os bons momentos. Desta forma ficamos livres para alimentar aquela lembrança meio mentirosa, para que ela permaneça viva dentro de sua redoma.
Mas às vezes acontece da lembrança ser tão forte, mas tão forte, que ela consegue quebrar a sua redoma e escapar para o presente - o que sempre se mostra um problema. Ora, lembrança é apenas um pedaço. E o presente é o todo. Do presente, não se pode escolher o que queremos viver. É preciso tomar tudo de um gole só e sofrer se necessário. Já a lembrança vem em doses homeopáticas, escolhemos quando e como queremos tomá-la. Porém, quando ela vem assim, por inteiro, ela deixa de ser aquela memória lapidada e passa a ser a memória bruta, a verdade dos fatos que escolhemos omitir.
É difícil ter um pedaço de passado vazando no presente. Porque nem sempre queremos ele como todo. Mas se ele vaza, vaza por inteiro e para sempre, manchando as coisas diárias e deixando tudo com cheiro de naftalina. E ele estará ali justamente para fazer jus ao seu nome: lembrar.
A lembrança não sabe, mas ela só é boa porque ficou no passado.
Suspender uma lembrança é coisa complicada. Porque lembrança, afinal, é o passado. É o passado que sempre queremos presente, que fazemos questão de lembrar durante todos os dias da nossa vida. Mas como passado que é, cessou na história por algum motivo – o qual nem sempre fazemos questão de incluir na tal lembrança, editando a história real e guardando apenas os bons momentos. Desta forma ficamos livres para alimentar aquela lembrança meio mentirosa, para que ela permaneça viva dentro de sua redoma.
Mas às vezes acontece da lembrança ser tão forte, mas tão forte, que ela consegue quebrar a sua redoma e escapar para o presente - o que sempre se mostra um problema. Ora, lembrança é apenas um pedaço. E o presente é o todo. Do presente, não se pode escolher o que queremos viver. É preciso tomar tudo de um gole só e sofrer se necessário. Já a lembrança vem em doses homeopáticas, escolhemos quando e como queremos tomá-la. Porém, quando ela vem assim, por inteiro, ela deixa de ser aquela memória lapidada e passa a ser a memória bruta, a verdade dos fatos que escolhemos omitir.
É difícil ter um pedaço de passado vazando no presente. Porque nem sempre queremos ele como todo. Mas se ele vaza, vaza por inteiro e para sempre, manchando as coisas diárias e deixando tudo com cheiro de naftalina. E ele estará ali justamente para fazer jus ao seu nome: lembrar.
A lembrança não sabe, mas ela só é boa porque ficou no passado.
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