A gente acha que sabe de tudo. Que já tem todas as questões
resolvidas pro resto da vida, porque somos pretensiosos assim mesmo. Acha que
sabe como agir diante de todos os eventos, inclusive aqueles que irão mudar
nossas vidas. Acha que o amor é apenas um jogo ou uma invenção romântica e que,
pra qualquer dúvida ou problema no meio do caminho, já temos a resposta no
nosso manual.
Mas acontece que nenhum de nós sabe de nada. E, com aquele
medo insano que temos de nos machucar (sim, somos pretensiosos e inseguros),
acabamos por agir conforme as pessoas dizem que se deve agir nesses assuntos do
coração – levando tudo com cautela e uma certa frieza, pra não correr o risco
de se apegar demais. Só que as coisas não
funcionam assim.
Quando algo fabuloso como o amor acontece em nossas vidas,
ficamos inundados de uma felicidade tão grande que mal conseguimos nos conter.
E pra conter, afinal de contas? Pois, ainda que conseguíssemos tal feito, qual seria
o propósito de guardar tanta alegria? Afinal, você não vai ficar mais feliz
reservando essa alegria apenas para ocasiões especiais – como um jantar
romântico ou um aniversário de namoro. Também não vai ficar mais feliz
escondendo isso do mundo. É possível, inclusive, que fique mais triste. Porque
o outro, sem saber do seu amor, pode também ficar com medo de expor o dele – e aí
ficam dois inseguros sozinhos, com medo de se relacionar.
E o que eu quero dizer com tudo isso? Que não precisamos ter
medo. Que vamos passar, sim, por diversas desilusões em nossas vidas – a maioria
delas por idealizarmos as pessoas como gostaríamos que elas fossem ao invés de aceitá-las
como elas realmente são; vamos sofrer, chorar, achar que o amor é apenas uma
criação de algum poeta romântico como Mario Quintana. Mas olha, vindo de quem já passou por tudo
isso: não é não. O amor é lindo mesmo, assim como nas poesias, e a gente tem
mais é que buscar isso com todas as nossas forças, sem nunca desacreditar. Pois
quando você acha aquela única e maravilhosa pessoa que te tira todas as
inseguranças e medos, que te compreende sem julgar, que faz sorrir e sentir
vontade de proclamar o amor, que faz você perceber que nunca esteve errado(a)
em buscar com tanto afinco este sentimento que é quase mítico nos dias de hoje...Ah, daí sim que a gente aprende a viver!
2 comentários:
Sabe que eu ando desbundado com esse negócio de "amor". Não que eu ache que não exista - existe, porque amor é uma coisa abrangente demais pra se resumir unicamente em "sentimento ímpar com intenções espírito-carnais entre 2 pessoas".
Mas eu tenho achado que não é pra mim, sabe? Até que eu leio essas tuas palavras e me dá uma pontinha de esperança.
Amor é entrega, e eu sou totalmente seu!
Postar um comentário