quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fatos da vida real #2 (ou Turbo capitalismo moderno).

Faz 3 dias que estou fora do mundo. Minha internet em casa morreu, graças às mãos de um exímio pintor que não conseguiu desviar do cabo telefônico na hora de pintar a parede e achou que era mais fácil desconectar tudo. O problema foi que, na hora de religar os fios, a internet magicamente não funcionava mais.
Faz 3 dias que estão me enchendo o saco pra que eu resolva o problema, ou seja, para que eu ligue na desgraça do atendimento e peça ajuda para diagnosticar e resolver a situação.
Se alguém no mundo sabe como é chato, pentelho, estafante e cansativo esperar no telefone, esse alguém sou eu.
Você liga lá e começa a aventura macabra:

- 10 minutos é o tempo médio de espera, por favo aguarde na linha.
(10 minutos se passam...)
- 15 minutos é o tempo médio de espera, por favor aguarde na linha.

Isso quer dizer que, nos dez minutos que EU estava esperando, pessoas mais espertas ligaram e foram atendidas antes, fazendo com que o meu tempo de espera aumentasse. Adoro!

Meia hora depois...
- Olá, meu nome é Valdisney, como posso ajudar?
- Minha internet não está funcionando.

Detalhe: isso depois de você ter falado com a voz fantasma, apertado 1098290183 botões, sendo os dois últimos eram as opções "assistência banda larga" e "internet com problemas". Mas vamos ignorar essas burrices.

- Ok, vamos estar tentando um procedimento simples: a senhora vai estar desligando o computando e, em seguida, o modem. Aguarde 30 segundos e ligue os dois novamente.
Será, será, será que ele não sabe que eu já liguei no provedor praticamente 1 milhão de vezes antes e que, depois desse 1 milhão de vezes, eu já não teria feito isso sozinha antes de me dar ao trabalho de ligar?!?! Hein?!?!
- Não funcionou.
- Pois bem, agora vamos estar abrindo o DOS e estar testando para outros problemas. Você vai clicar no botão iniciar, executar e estar digitando BLABLABLABLA.
- Ok.

Jura que isso também não iria funcionar.

- Agora vamos estar acessando as configurações do modem para podermos diagnosticar se há algum problema com o modem.
- Ok.
- Abra o internet explorer e digite 10.1.1.1
- Ok.
- Agora digite admin e admin no campo de senha.
- Ok...
Depois de testar todas as abas possíveis, escuto a seguinte resposta:
- É senhora, aparantemente, o problema está na linha telefônica, pois não conseguimos diagnosticar nada nos nossos testes. Você deve estar entrando em contato com eles para resolver seu problema.


Duas horas jogadas NO LIXO. Depois ainda querem saber porque que eu tenho preguiça de resolver essas coisas.
P.S.: e nem casada eu sou!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Fatos da vida real #1 (ou Como estragar sua noite).

Dicas interessantes de como estragar o primeiro encontro.
Um belo dia minha amiga Carol me chamou pra ir num encontrinho com ela, o flerte dela e o irmão do flerte dela - este que parecia ser muito apresentável e interessante no mundo da investigação virtual (aka: orkut). Estava de férias, não tinha absolutamente nada melhor pra fazer, pensei: ah, mal não faz.
Pois bem, minha amiga veio me buscar em casa e nos encontramos com os carinhas no bar (já devia saber que alguma coisa ia dar errado, cara que não se oferece pra te pegar em casa tá de truta). Chegamos e eles já estavam sentados numa mesa, nos aguardando. Nos acomodamos, pedimos um drink e o inferno começou.

Situação 1: Numa conversa casual, a menina (no caso, eu) menciona que gosta de música, ao passo que o flerte dela, mais do que rapidamente, diz que é músico. Falei brincando que música em Curitiba não dava dinheiro e perguntei como ele conseguiu sobreviver 30 anos como músico - sim, ele tinha 30 anos. A criatura responde: "comecei a trabalhar com música há pouco tempo, eu sou mesmo é poeta". Engoli seco e repeti a frase de que poesia não dá dinheiro (nem em Curitiba, nem em lugar algum). Nisso, com aquele ar de quem salva o dia, respondeu que se sustentava com a pensão do pai. Sério, morri um pouquinho.

Situação 2: Minha amiga, tentando melhorar a dinâmica da mesa - que estava pavorosa, diga-se de passagem - resolveu perguntar que instrumento o menino tocava, uma vez que era músico. Inocentemente, ele responde: berimbau. Minha amiga e eu caímos em gargalhadas, achando que só podia tratar-se de uma piada. Pasmem! Não era. Pior que isso, o dito cujo ainda tinha um berimbau tatuado na perna, que fez questão de mostrar às damas da mesa.

Situação 3: Numa tentativa de melhorar a situação, falei que era jornalista formada e que agora fazia Direito. Aproveitei a deixa e perguntei no que ele era formado. Diz ele: já fiz 4 faculdades, mas não me formei em nenhuma.

Pausa para um balanço parcial. No meio do encontro, já descobrimos que o garoto não tem qualquer ambição profissional what-so-ever, é patologicamente indeciso e não consegue terminar nada do que começa. Além de declaradamente dizer que, aos 30 anos de idade, ainda é sustentado pela pensão do papai. Que partidão, hein?!?

Situação 4: Lá por umas tantas, larguei os bets e resolvi atrapalhar a conversa da minha amiga que, pela cara que ela fazia, não andava indo muito bem. Me enfiei no assunto e seguimos conversando, visto que meu flerte, além de patologicamente indeciso, largou ao final de um diálogo que se considerava um narcisista. Tive que desistir.
Bom, conversa vai, conversa vem... e o outro carinha até que parecia simpático. Falando que gostava de aprender coisas novas e gostava de gente constestadora. Pensei: pô, o cara é inteligente, aberto... legal isso. Nisso, entramos numa conversa sobre relacionamentos e o fulano solta a seguinte frase: "VOCÊS NÃO SÃO MULHERES AINDA". Eu, que já estava no auge da minha insatisfação, iniciei uma discussão histórica com o garoto no meio do bar. Ao questioná-lo porque ele disse isso, ele retruca e diz que não somos mulheres ainda porque ainda não tivemos um relacionamento duradouro (ele havia acabado de sair de um namoro de quase 8 anos). Respondi dizendo que pra ser mulher não precisa ser mulher de alguém, basta apenas ser íntegra, ter caráter e defender suas opiniões. Ser mulher nada tem a ver com quantos relacionamentos você teve. Afinal, se fossemos pensar analogamente, a ex-namorada dele não era mulher quando o conheceu, ele que a tornou mulher, pffff!

Situação 5: Ânimos acalmados e eu lançando olhares desesperados para irmos embora, escuto de relance uma conversa entre minha amiga e seu flerte. Ele havia dito que sempre a via na faculdade e que sempre tinha reparado nela. Ela, que não é boba nem nada, perguntou o que tinha chamado a atenção dele. "Suas orelhas", responde o rapaz. Sério, ele realmente disse "suas orelhas". A Carol é alta, loira, 1,75 de mulher, olhos verdes... será que ele não poderia ter achado qualquer atributo mais interessante do que uma orelha???

Situação 6: Eu já tinha largado os bets, desistido da corrida, chutado o balde. Mas fiquei aguardando a minha amiga, afinal ela parecia ainda ter esperança no encontro dela. O que, após o episódio da orelha, foi meio difícil de manter. Nisso, num dos mil silêncios da conversa, o flerte da minha amiga levanta da mesa e, de repente, diz: estamos indo embora. Ok, né... imaginei que eles ao menos fossem ser cavalheiros o suficiente pra nos aguardar, mas nem isso. Ficamos com uma cara meio de paisagem e ele, percebendo nosso descontentamento, fala: vocês querem que a gente fique? A essa altura, quando o boi já foi brejo, não adianta tentar disfarçar, né? Disse categoricamente: "Se vocês não vêem razão para ficar, nós é que não vamos tentar convencê-los. Boa noite".

Foram embora ser dar tchau.

Pois é, se não tivesse acontecido comigo, eu também não acreditaria...
Fica aqui a dica: na dúvida, garotas, fiquem em casa. Porque se arrumar, se enfeitar e se perfumar pra ter que escutar esse tipo de coisa é o fim da picada.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Sobre o ócio.

Eu nunca achei que fosse dizer um sacrilégio desses, mas ficar no trabalho e não ter nada pra fazer é uma tortura. Sério. Já fiz um twitter – mais uma daquelas cyber-maluquices, tipo um blog pra posts muito, muito, mas muito curtos mesmo. Já falei com quase toda a minha lista do MSN, sem obter grandes respostas (devo estar em baixa no mundo virtual...). Escutei música, escrevi um soneto, me declarei pro meu colega de gabinete, cof, nada surtiu efeito. E, pasmem, até criei esse blog. Tudo bem que o blog eu tava querendo fazer há tempos, desde que o meu antigo domínio (http://mahz.blogger.com.br/) foi sequestrado pela globo, que impôs como resgate uma assinatura mensal! Noooot!
Enfim, depois de muita auto-análise, cheguei à seguinte conclusão: só tem graça não trabalhar quando você está matando serviço. Parece que, daí, entra aquele fator ADRENALINA na coisa. Pô, você tem mil coisas pra fazer mas, só de despeito, você escolhe burlar o sistema, enganar o chefe e fazer o que? Na-da. Aí sim a coisa tem graça!
No entanto, quando nada se tem pra fazer, as horas se tornam um exercício de criatividade laboral. E, devo admitir, acho que não sou muito criativa nesse setor...

P.S.: Falando em criatividade... Que exercício de criatividade tentar achar um nome decente pra um blog. Sério. Fiquei mentalmente exausta e tenho um novo apreço por combinações aritméticas.