quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sobre a esperança.

Esperar que as coisas sejam diferentes, mesmo quando todos os indícios apontam para o mesmo destino.

Esperança é a única coisa que permite que convivamos com a mediocridade da vida sem nos desesperar por completo.

Uma hora a gente acerta. Espero.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Reckless.

Sabe aquele tipo de estupidez que você precisa levar a cabo pra ter certeza que era realmente tão estúpido quanto soava na sua cabeça?
Pois é.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ignorance is bliss

Existe muita coisa que eu gostaria de esquecer, apagar, aniquilar da minha memória. Pra poder seguir normalmente sem guardar mágoa de ninguém, sem olhar na cara de certas pessoas e pensar: “meu deus, como eu te desprezo”. Mas não dá. Esquecer não é uma opção, então a gente segue ignorando certas coisas pra conseguir conviver em paz.
Na verdade, pra conviver em paz, a gente tem que ignorar quase tudo. A vida é um grande exercício de tolerância, isso sim.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Romantismo lírico agudo.

Toda vez que me pego lendo textos antigos (ou nem tanto assim), alguns dos quais nunca publiquei nesse ou em qualquer outro espaço cibernético, acabo me deparando com uma inegável verdade: sofro de romantismo lírico agudo.
Penso que quem lê meu blog e não me conhece pessoalmente deve imaginar que vivo por aí carregando fardos e fardos de lenços de papel, pra conter a quantidade de lágrimas que caem do meu rosto diariamente.
Mas olha, não é assim, não. A verdade é que a Mayra da vida real, aquela que tem uma vida social fora da blogosfera – afinal, sou bem mais contida nas demais redes sociais – é uma eterna apaixonada. Daquelas que se apaixona diversas vezes ao dias, pelo mesmo cara ou, às vezes, por caras diferentes.
E é paixão no sentido puro da palavra, porque é sentimento rápido e volátil, que pode desaparecer na instantaneidade de um piscar de olhos.  O que não quer dizer que seja menos intensa – que o diga meu coração, que bate desenfreado no meu peito quando estas tais paixões acontecem.
No entanto, o problema com essas paixões é que, se perseguidas na vida real, normalmente morrem como amores platônicos, cheios de sentimentos mal resolvidos e intenções cruzadas. Daí entra a Mayra virtual, que me deixa viver a fundo cada uma delas, mesmo que por apenas alguns parágrafos, dando a liberdade que preciso pra poder contar como seria o desfecho daquele sentimento na minha imaginação.

É claro que, por vez ou outra, esses episódios arrebatadores aos quais chamamos de paixões acabam se tornando coisas palpáveis e reais, que evoluem e se tornam grandes amores também na prática – daqueles que machucam tanto quanto alegram – mas isso é conversa pra outra hora...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Aos Srs. Credores do Banco Cósmico

Chega o ano novo e, junto com novas roupas e cortes de cabelo, chega também uma impaciência pra querer resoluções mais acertadas que as do ano anterior. E já tem uns anos que venho prometendo a mim mesma fazer o bem no ano seguinte, pois eu, que sempre acreditei nessa história de carma, esperando que isso realmente funcionasse e todo o bem que tinha feito voltasse pra mim, achava que esse era um exemplo de resolução acertada.
Porém, ultimamente, ando meio duvidosa da eficácia dessa coisa. Pois, até agora o carma só me tem feito esperar pelo momento em que estas boas ações que realizei retornem de alguma forma para mim.
Desta forma, se esse tal de carma realmente existe, só posso imaginar que essa maré de não retribuição seja por conta de alguma dívida que ainda não consegui quitar junto ao banco cósmico. Ou então que se trate de algum tipo de investimento a longo prazo, daqueles em que o retorno só começa a aparecer cinqüenta anos depois – quando, além de você não se lembrar que tinha o dinheiro, também não precisa mais dele.
E como essa situação de ficar com saldo devedor na minha conta cósmica todo mês está ficando cansativa, decidi me rebelar.  Pois acredito que estou pagando, e com juros, todo o mal que possa ter feito nessa vida. 
Por isso, gostaria de informar aos senhores credores do banco cósmico desde já que esta carta pode ser considerada meu protesto à dívida de carma que possuo junto a esta instituição. Assim, a partir de agora, cessarei o pagamento de toda e qualquer quantia ao banco cósmico, inclusive aquelas referentes à simples movimentação da minha conta.
Pra me ajudar ele nunca está aí, mas aposto que depois de ler esse protesto ele vem me pegar.