domingo, 28 de março de 2010

Sobre uma paixão.

O que te motiva? O que te impulsiona? Quanto tudo parece completamente sem sentido, o que é que te impede de não mais esperar por dias melhores?
Uma música.
Uma simples canção pode simplesmente mudar o rumo da sua vida. Assim, com essa simplicidade toda ela vem e te deixa mais feliz, mais consciente, mais sensível. A música certa pode definir um momento. Ele pode te beijar ou não, pode lhe pedir em namoro ou não. Mas, se aquela música tocar, não vai existir qualquer outra opção que não o beijo, que não o pedido.
E aquele dia cinza que se clareia simplesmente porque escutamos nossa música preferida? E ela nos coloca num estado de espírito quase intocável. Pois a música tem dessas coisas de mudar o nosso humor, de reverter as situações simplesmente porque reconhecemos o primeiro acorde – ao passo do qual daí já sabemos a exata seqüência de notas que se seguem.
É tão sublime que muitas vezes sentimos como se não pudesse ser melhor se tivéssemos escritos nós mesmos as letras para aquelas canções! Pois, se não, como explicar o efeito devastador que “Outra Vez” tem em mim? Ou as lágrimas de dor que canto junto com “The Best of You” ou “Everlong”? E ainda a vontade quase instantânea que sinto de dançar quando ouço “Blister In The Sun”? Ou como o simples fato de escutar “Angel On My Shoulder” ou “I Got a Feeling” me faz ter vontade imediata de me arrumar para a melhor noite da minha vida?
A melhor música escutada no pior momento pode se tornar uma marcha fúnebre. Assim como a pior música escutada no melhor momento pode ser tornar um hino.
E as viagens de carro? O que seriam delas sem a música correta? Lembro-me de ir chorando na viagem até a casa da minha avó porque tocava Maria Bethânia no carro – e ah!,como a voz dessa mulher deixa tudo mais bonito e triste ao mesmo tempo! Ou da minha paixão de infância por Chico Buarque e Demônios da Garoa, que são certamente os autores das músicas preferidas do meu pai.
É tão intenso que fico extremamente triste quando alguém me diz que “não liga muito pra música”. Pois, a mim parece simplesmente absurda a idéia de que exista alguém no mundo que não sinta atração imediata por algo tão sublime – que nos desperta diversas emoções, reaviva e cria tantas memórias, simplesmente por ser exatamente aquilo que precisávamos ouvir.
Vamos cantar?